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Fim de Feira #5: O mês em que o café virou luxo… e o delivery, ecossistema.

Junho veio sem folga: Alta acumulada de quase 100% no café, disputa ainda acirrada no delivery, novos movimentos no agro e mais integrações tecnológicas chegando pro food service.

Entre um blend mais barato e uma entrega mais cara, o mercado se ajusta… e quem empreende precisa acompanhar, se adaptar e agir com velocidade.

Aqui você encontra o que mais mexeu com o setor nas últimas semanas, sem enrolação. Desce a tela e vem com a gente. 👇


☕ Update do mês: o café continua amargo, e não só pelo sabor

Na edição passada a gente já tinha avisado: o café subiu, e não vai voltar “ao normal” tão cedo. Junho confirmou:

📈 A alta acumulada do café moído já bate 98,4% desde janeiro de 2024 (dados do IPCA). E mesmo com um pequeno recuo nas cotações no atacado (queda de 7,2% no arábica e 8,65% no robusta), o alívio é tímido e aparentemente temporário.

🌡️ A safra 2025/26 preocupa: calor fora de época + seca na florada = risco pra produção e qualidade.

🍽️ E no balcão? O cafezinho subiu “só” 17% no ano (via Abrasel), mas a conta está chegando: cápsulas, blends mais baratos e ajustes de margem já viraram padrão em muita cafeteria.

📌 Resumo pro seu negócio:

  • Prepare-se para um novo normal na precificação: recalcule suas margens, ajuste o preço da xícara se necessário e reforce seu controle sobre custo por dose.
  • Avalie reposição de estoque, ajustes de cardápio e gestão de fornecedores. Se possível, antecipe compras com fornecedores confiáveis. Reveja o blend utilizado e destaque bebidas com maior margem de lucro.
  • A boa noticia? O Plano Cafeterias do CNM já está disponível! Ele tem tudo o que sua cafeteria precisa: frente de caixa, gestão de comendas e mesas, emissão de NFC-e e gestão de estoque inteligente. Não resolve a alta de preço, mas otimiza sua gestão e operação!

🍔 E o iFood? Crescendo onde ninguém esperava

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O iFood continua sendo o rei do delivery, mas está deixando claro que não quer ser só isso.

  1. Agora também é banco: A vertical iFood Pago já concedeu R$ 2 bilhões em crédito a restaurantes, com metas de chegar a R$ 3,5 bi até 2026. A fintech, que nasceu há 1 ano, também oferece gestão de fluxo de caixa e sua própria maquininha, a “Maquinona”, que agora avança para capitais como BH, Goiânia, Curitiba e Brasília.
  2. E também é salão: O iFood comprou o software de totens de autoatendimento da Videosoft e quer dominar o PDV físico. Com isso, os dados do consumo no salão passam a ser mais integrados com o app e o sistema de pagamentos. Tudo para oferecer mais controle e dados pro restaurante (e fidelizar na outra ponta).
  3. E até benefício corporativo: O braço iFood Benefícios já tem 850 mil usuários ativos e 38 mil empresas-clientes. Vale-refeição é só o começo: a Prosus (dona do iFood) já fala em usar IA e integração com outras marcas do grupo (como Decolar) para aumentar o valor entregue a quem usa a plataforma.
  4. Mas a conta não fecha pra todo mundo: Mesmo com avanço nas receitas do iFood (lucro subiu 180% no último ano), um estudo do Cebrap mostra que a renda líquida dos motoristas caiu até 13% entre 2022 e 2024, puxada pela alta nos custos de manutenção (+27% em autopeças, por exemplo). Enquanto isso, mais de 40% dos entregadores ainda estão fora do INSS, mesmo com alto risco de acidentes. Como resposta (e reação à chegada da Meituan e da 99Food, que já havíamos comentado em edições passadas), o iFood anunciou para julho um programa de recompensas com bônus de até R$ 3.000 por ano para os chamados “superentregadores”, cerca de 10% dos parceiros mais ativos da base.

🚀 E o CNM? Crescendo muito bem, também, obrigado!

Veja algumas das novidades que tivemos em junho:

  • Lançamento do novo Plano Cafeterias CNM, pensado sob medida pra quem vive (e vende) café todo dia.
  • Parceria CNM + 99Food, se tornando um dos primeiros sistemas do Brasil a ter integração direta com o 99Food nessa volta da gigante ao Brasil! Assim, seu cardápio, seus pedidos e sua operação ficam centralizadas num único sistema: no CNM!
  • Compatibilidade com ainda mais maquininhas: Sicredi, Caixa (Azulzinha) e Clover 3ª e 4ª gerações. Essas últimas, aliás, funcionam como Mini PDVs, 100% integrados ao CNM!
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💰Giro Rápido Financeiro

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PIX Automático liberado

A nova modalidade já tá ativa e pode substituir o débito automático. Ideal pra academias, escolas, clubes, assinaturas e até food service. O cliente autoriza só uma vez, e os pagamentos vêm automáticos. Empresas precisam contratar com seus bancos (não é automático, automático). Mas o custo deve ser menor que o do débito. Vale ficar de olho pra facilitar a vida de pagamentos recorrentes.

IOF volta atrás

O Congresso derrubou o aumento do IOF. Respiro importante pra quem tem operação fora ou depende de financiamento pra girar estoque e fluxo de caixa:

  • Cartão internacional (tipo Wise, Nomad): de 3,5% pra 1,1%
  • Compra de dólar em espécie: de 3,5% pra 1,1%
  • Crédito pra MEI e pequenas empresas: taxa anual de 0,88%

Brasil livre da gripe aviária

O Brasil recebeu em 18 de junho o certificado oficial de país livre da gripe aviária. Com isso, mercados internacionais começaram a reabrir para nossas exportações, após o único foco registrado em Montenegro (RS) em maio. A reabertura impacta diretamente no abastecimento e começa a derrubar os preços do frango vivo e da carne.

Consumo segue aquecido no food service

Dados da Alelo + Fipe mostram:

  • Restaurantes tiveram +17,7% de alta no faturamento em 12 meses
  • Supermercados também cresceram forte (+18,3%)
  • Ticket médio subiu nos dois casos. A inflação pesa, mas o consumidor ainda tá disposto a gastar mais por refeição.

Agro na mira: nova taxação nas LCAs

O governo publicou uma MP que estabelece taxa de 5% de IR sobre LCAs, antes isentas. A medida gerou reação do setor, mas economistas afirmam que o impacto no preço da comida deve ser mínimo, já que o instrumento é usado por grandes exportadores e ainda seguirá competitivo frente a outros investimentos. A cobrança começa em janeiro de 2026.


Inflação, concorrência, integração… junho veio puxado.

Enquanto o mercado se ajusta, o que não dá é pra ficar parado: quem vende precisa ganhar margem, quem entrega precisa ganhar fôlego e quem gere precisa de mais controle na operação.

A boa notícia? Tem movimento acontecendo em todas essas frentes. E o CNM continua por aqui pra acompanhar de perto. E te ajudar a transformar notícia em ação. Até a próxima. 😉