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Fim de Feira #6: 🍓O doce do morango do amor, o azedo das vendas em queda 📉

Julho teve morango, mas também teve tarifaço. Teve delivery voando, mas salão vazio. Teve hype que virou receita, e teve alerta pro segundo semestre.

A nova edição do Fim de Feira chega com esse balanço direto da cozinha do food service: o que explodiu, o que azedou e o que pode mudar o jogo pra quem tá na linha de frente.

Pega seu café (antes que suba mais) e vem com a gente.

Doce, viral e rentável: o boom do Morango do Amor

O TikTok fez, o Brasil vendeu. Entre junho e julho, o Morango do Amor saiu de 11 mil pedidos no iFood pra mais de 275 mil. Um salto de 2.300% em apenas um mês e mais de 524 mil unidades entregues em julho (via Estadão).

O que começou com uma receita nostálgica virou um espetáculo crocante de cores e sons nos vídeos. Resultado?

📈 Mais de 10 mil lojas vendendo. 💸 Faturamento triplicado em confeitarias locais. 🧠 Influencers transformando likes em caixa. 🍉 Frutas do amor com melancia, kiwi, pistache, mexerica e até jaca.

Mas a febre tem prazo curto: quem surfou cedo, lucrou. Quem chegar atrasado… pega só o caldo da calda.

📌 E o que isso tem a ver com o seu negócio? Tudo. Porque mostra como um bom produto, na hora certa, com a vitrine certa (leia-se: redes sociais) pode abrir portas de venda, de marca e de novos clientes.

A dica dos especialistas? Aproveite o hype, mas trate ele como porta de entrada. Fidelize depois com cardápio, atendimento e constância. O doce do momento passa. O cliente fiel, não.


📉 Junho não entregou: vendas recuam no food

Mesmo com Dia dos Namorados e festas julinas, bares e restaurantes fecharam o mês no negativo.

O setor de alimentação fora do lar teve uma queda de 3,7% nas vendas em junho, segundo o Índice Abrasel-Stone. Na comparação com junho de 2024, a queda foi ainda maior: 5,8%.

😬 E os dados são amplos:

  • Apenas 2 estados cresceram no comparativo anual: Sergipe (+3,2%) e Tocantins (+0,9%)
  • Rio Grande do Sul (-17,7%) e Santa Catarina (-13,3%) lideram as quedas
  • São Paulo (-4,8%) e Rio (-4,7%) também no vermelho

📌 Mas por que isso importa pra quem empreende? Mesmo em um mês tradicionalmente forte (Namorados + festas julinas), o setor não reagiu. Juros altos, inflação e perda de poder de compra ainda apertam o bolso do consumidor e afetam o giro no caixa.

“A retração significativa no Índice Abrasel-Stone em junho nos pegou de surpresa, especialmente por ocorrer em um mês tradicionalmente aquecido pela Semana dos Namorados e festas regionais”, diz Paulo Solmucci, da Abrasel.

A boa notícia? A taxa de desemprego caiu e o segundo semestre tem datas boas no radar. Mas o sinal está claro: o consumidor está mais seletivo, e o operador precisa estar mais estratégico.


E lá vem o iFood de novo…

Conteúdo do artigo

Uma seção com novidades do iFood está virando figurinha carimbada do Fim de Feira. Dessa vez, a empresa comprou parte da CRMBonus e está de olho no Alelo. Já dá pra dizer que não é mais (só) sobre comida.

A primeira impressão pode ser: “mais uma integração”. Mas o que o iFood tá fazendo é mudar completamente o campo de batalha.

  • 📲 Comprou 20% da CRMBonus (e pode comprar tudo por até R$ 10 bi nos próximos 3 anos)
  • 💳 Negocia a compra da Alelo, maior empresa de vale-refeição do Brasil
  • 🧠 Integra CRM, fidelidade, IA e carteira digital num só ecossistema
  • 🎁 Vai lançar o PresenteIA: um social commerce plugado no WhatsApp

Enquanto a concorrência (Keeta, Rappi, 99Food) mira em comissão mais baixa, o iFood quer tornar a comissão irrelevante. A aposta é no lock-in: quanto mais dados, menos você consegue sair.

Pra restaurante ou varejo, isso tem dois lados: ✅ Campanhas automatizadas, cashback inteligente, ticket maior ❌ Mais dependência do ecossistema, menos poder de barganha

📌 E pro consumidor? A promessa é personalização, menos cupom genérico e mais bônus relevante. O risco? Fadiga de notificação e pouca transparência sobre dados sensíveis (moda, farmácia, entretenimento…).

Tudo isso acontece enquanto a Keeta se prepara pra chegar com R$ 5 bi em investimento até 2030, entregas com drone e taxas agressivas. O iFood sabe disso. E já tá jogando o jogo do próximo nível: não é mais sobre entregar comida, é sobre decidir onde você vai gastar antes mesmo de abrir o app.


Delivery no Radar 📡

  • Crédito aprovado, mas não liberado: Lula sancionou o consignado para motoristas e entregadores de apps, mas os bancos ainda aguardam regulação. A promessa: crédito com juros menores direto no repasse dos apps. A dúvida: quem assume o risco?
  • Delivery sob novas regras nas ruas: Em Goiânia, distribuidoras de bebidas agora só podem vender via delivery após 23h59. A lei quer reduzir a criminalidade, mas comerciantes apontam concorrência desigual com bares e risco de demissões.
  • Fim do bag genérico: No Rio, só apps podem fornecer as bolsas térmicas. Venda por fora está proibida. Medida visa coibir crimes de falsos entregadores e força maior controle dos apps sobre sua rede de entregas.
  • CNM + 99Food: delivery sem comissão, gestão com integração: A nova 99Food promete comissão zero por 12 meses, mas exige organização na veia. Com integração nativa ao CNM, os pedidos chegam direto no sistema, com controle de ponta a ponta. Sem retrabalho, sem perder tempo, sem susto.

🛃 O Tarifaço de Trump

No papel, é uma tarifa. Na prática, é um terremoto comercial. A partir de 6 de agosto, entra em vigor a sobretaxa de 50% sobre uma extensa lista de produtos brasileiros vendidos para os Estados Unidos. Entre os mais afetados (via G1):

  • Café
  • 🥩 Carne bovina
  • 🐟 Tilápia
  • 🍍 Frutas (manga, uva, açaí…)

A lista tem quase 700 exceções (como aeronáutica, energia e algumas commodities), mas o food service não escapou.

📉 O que muda na ponta? Nada muda de um dia pro outro. Mas os sinais já apareceram:

  • Exportadores devem renegociar ou redirecionar vendas
  • Produtores seguram investimentos
  • Estoques podem sobrar no Brasil (caso da tilápia), pressionando o preço interno no curto prazo
  • No médio prazo? A produção pode cair, elevando os preços de novo

📌 Resumo pro seu negócio Prepare-se para mais variação nos custos e preços e menos previsibilidade nas importações e exportações.

👉 Cafeterias e açougues devem rever política de compra e precificação 👉 Restaurantes que trabalham com peixe fresco, especialmente tilápia, devem monitorar variações semanais nos preços 👉 E quem importa embalagens, insumos ou eletrônicos, atenção: o tarifaço pode acelerar repasses indiretos


Entre hype de morango e queda no salão, ficou claro: o jogo tá menos sobre vender mais e mais sobre vender melhor.

Quem entende timing, canal e comportamento do cliente sai na frente. Seja surfando o TikTok, ajustando preço no salão ou antecipando o impacto do tarifaço.

E pra isso, controle é tudo. Porque crescer sem estrutura é receita pra prejuízo. O CNM tá aqui justamente pra isso: transformar tendência em processo, e pedido em resultado, sem perder o ritmo da operação.

Com ou sem tarifaço, agosto vem aí. E com ele, mais disputa de vitrine nos apps, nas redes e na rua. Bora jogar com estratégia. E com sistema. E com newsletter -> Assine o Fim de Feira pra receber as últimas novidades do Food Service direto no seu LinkedIn! 😉