A partir de 2026, o setor de Food Service no Brasil vai passar por uma das maiores transformações fiscais da sua história: a chegada do IVA, o Imposto sobre Valor Agregado.
Se você tem restaurante, bar, cafeteria ou qualquer negócio de alimentação, precisa entender como isso vai impactar sua operação. O IVA vai alterar a forma de calcular impostos, formar preços e gerenciar o fluxo de caixa.
E esse é um assunto que não pode ficar para depois.
Afinal, o que é o IVA?

IVA significa Imposto sobre Valor Agregado. O conceito é simples: você paga imposto apenas sobre o valor que adicionou ao produto. Comprou um insumo e transformou em um prato? O imposto incide sobre essa transformação, não sobre o valor total.
O principal objetivo é simplificar o complexo sistema tributário brasileiro e acabar com a bitributação (aquela situação em que você paga o mesmo imposto múltiplas vezes na cadeia de produção).
O IVA vai substituir cinco tributos: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.
No lugar deles, entram dois novos impostos:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): de competência federal
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): de competência estadual e municipal
Menos siglas, mais clareza… pelo menos na teoria.
Quando essas mudanças começam?

A implementação não será imediata. A transição acontece de forma gradual:
- 2026: Início com alíquotas reduzidas (0,9% para CBS e 0,1% para IBS)
- 2027 a 2029: Substituição progressiva dos tributos federais (PIS, Cofins, IPI) e redução gradual dos estaduais e municipais (ICMS e ISS)
- 2033: Transição completa, com extinção total dos impostos antigos
O desafio? Você vai precisar operar com dois sistemas tributários simultaneamente durante vários anos. Seu sistemas de gestão precisa estar preparado para aplicar regras antigas e novas ao mesmo tempo.
É aqui que o CNM se torna um aliado estratégico, integrando emissão de notas, PDV e relatórios automáticos em um único sistema 100% online. Você fica pronto para sobreviver a essa tempestade tributária!
O que muda especificamente para bares e restaurantes

Há uma notícia positiva: o setor de Food Service terá um regime diferenciado.
Enquanto o IVA padrão está estimado em cerca de 28%, bares e restaurantes contarão com uma alíquota reduzida de 40% sobre esse valor. Na prática, a alíquota efetiva ficará em aproximadamente 16,8% para a maioria das operações com alimentos e bebidas não alcoólicas preparadas no estabelecimento.
Veja os principais pontos de atenção:
- Alíquota reduzida: Aplicada à venda de alimentos e bebidas não alcoólicas preparadas e servidas no local.
- Tributação integral para álcool: Bebidas alcoólicas não se beneficiam da alíquota reduzida e ainda podem sofrer incidência do novo Imposto Seletivo (IS), o que tende a elevar o preço final.
- Gorjetas excluídas da base de cálculo: Ponto positivo. O valor das gorjetas ficará fora do cálculo do IVA, desde que você comprove o repasse correto aos funcionários dentro dos limites legais.
- Limitação de créditos: Diferentemente de outros setores, clientes Pessoa Jurídica não poderão aproveitar créditos de IBS e CBS em serviços de alimentação. Isso pode afetar a atratividade para eventos corporativos.
Para garantir a conformidade e evitar erros, é fundamental ter sistemas de gestão bem configurados. O CNM organiza automaticamente produtos, categorias e emissão fiscal, aplicando a tributação correta desde o PDV até a NFC-e.
Como o IVA afeta sua precificação e fluxo de caixa
O IVA opera sob o princípio da não-cumulatividade. Ou seja, não acumular o pagamento de vários impostos no trajeto que o insumo fez até o seu prato final. Você compra insumos e paga o imposto. Ao vender o produto final, pode abater o imposto já pago (o crédito) do valor a recolher na venda.
Esse mecanismo promete mais transparência e, em alguns casos, pode até reduzir a carga tributária. Porém, exige planejamento financeiro criterioso e revisão completa da precificação.
Recomendação prática: Simule o impacto das novas alíquotas no seu cardápio com apoio do contador e revise suas fichas técnicas. O CNM automatiza esses cálculos e o CMV no módulo de estoque e DRE, facilitando essa análise.
Como preparar seu restaurante para o IVA

Não deixe para 2026. A adaptação exige planejamento e envolve tecnologia, gestão e contabilidade.
1. Reavalie seu regime tributário
Com as mudanças previstas (incluindo o futuro Simples Nacional Híbrido), é essencial analisar com seu contador se o Lucro Presumido ou o Simples Nacional tradicional continuam sendo as melhores opções considerando sua margem e perfil de clientes.
2. Revise preços e fichas técnicas
Comece pelas bebidas alcoólicas, pois o impacto será mais significativo. Um vinho de R$ 80 pode precisar subir para R$ 95 ou mais com a tributação integral e o Imposto Seletivo. Cerveja especial, drinks e destilados seguem a mesma lógica.
Nos pratos, refaça os custos considerando que fornecedores também repassarão os ajustes. Aquele fornecedor de carnes vai refletir as mudanças tributárias no preço final. Se você trabalha com markup de 2,8x hoje, pode precisar ajustar para 3x ou mais, dependendo do mix de produtos.
Aproveite para identificar itens de baixa margem que talvez não façam mais sentido no cardápio. Às vezes aquele prato que vende bem, mas com um preço muito baixo, está comprometendo sua rentabilidade.
👉 O CNM automatiza o cálculo do CMV e integra com o DRE, permitindo visualizar o impacto real antes de ajustar preços.
3. Atualize seus sistemas de gestão
De 2026 a 2032, você vai operar com dois regimes tributários ao mesmo tempo. Cada venda precisará calcular alíquotas antigas (em redução gradual) e novas (CBS e IBS) ao mesmo tempo. Um mesmo prato pode ter PIS/Cofins, ICMS em transição e CBS parcial. E você não vai querer calcular tudo no lápis, né?
Seu PDV precisa:
- Diferenciar produtos com alíquota reduzida (16,8%) dos com tributação cheia (28% + IS)
- Separar gorjetas da base de cálculo e registrar o repasse corretamente
- Gerar relatórios dos dois sistemas tributários simultaneamente
- Integrar com NFC-e aplicando as novas regras automaticamente
Exemplo prático: cliente pede massa (16,8%), vinho (28% + IS) e deixa 10% de gorjeta. O sistema calcula cada tributação, exclui a gorjeta da base, emite a nota detalhada e registra os créditos dos insumos. Sem automação, os erros são inevitáveis.
Verifique também se seu sistema:
- Importa XMLs de fornecedores para aproveitar créditos de IVA automaticamente
- Gera comparativos de carga tributária antes e depois da reforma
- Adapta-se rapidamente a mudanças de alíquota durante a transição
O CNM integra emissão fiscal, PDV, estoque e financeiro, aplicando as regras corretas automaticamente, sem instalações complexas ou atualizações manuais constantes!
Conclusão
A reforma tributária vem em 2026, e isso é fato. E quem não se preparar vai perder dinheiro, tempo e controle do negócio.
A boa notícia? Você não precisa enfrentar isso sozinho. O CNM já está pronto para essa transição: sistema integrado que calcula, emite e organiza tudo automaticamente, enquanto você cuida do seu restaurante.
👉 Teste grátis sem cartão de crédito ou agende uma consultoria gratuita com nossos especialistas e descubra como transformar a complexidade do IVA em vantagem competitiva.
O tempo de se preparar é agora, não quando a conta chegar.









