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Fim de Feira #3: A Guerra dos Tronos do Delivery

Abril terminou em modo turbo: o café segue subindo, a 99Food está voltando do exílio, a Meituan tá preparando o bote… e o iFood? Já invadiu o salão e quer cuidar da sua operação inteira.

Pra entender tudo isso — e o que fazer agora — é só descer a tela. Bora?


⚔️ A Guerra dos Tronos do Delivery

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Prepare-se: o mercado de delivery no Brasil está prestes a virar um campo de batalha digno de Westeros — só que, no lugar de dragões, temos super apps, taxas zeradas, investimentos bilionários e muita disputa por território… ou melhor, por restaurantes e consumidores.

A seguir, você entende quem são os reis, os pretendentes e o que isso muda pra quem vende comida de verdade.

👑 O atual rei: iFood

Com 110 milhões de pedidos por mês, 360 mil entregadores ativos e presença em mais de 1.500 cidades, o iFood reina absoluto no Brasil — detém cerca de 80% do mercado e agora expande seu império para além do delivery.

Nesse mês de abril:

  • Aumentou a taxa mínima dos entregadores para até R$ 7,50 (abaixo dos R$ 10 pedidos pela categoria), com alta de 15,3%;
  • Investiu em seguros e melhorias nos pontos de apoio;
  • Comprou três empresas de gestão de restaurantes (Opdv, Saipos e 3S Checkout), avançando pra dentro do salão com totens, maquininhas e CRM próprio;
  • E anunciou que sua nova vertical de soluções para restaurantes pode gerar 10% da receita da empresa em 3 anos.

📌 O que significa: o iFood não quer só entregar o pedido, quer gerenciar a operação inteira do restaurante.

🏹 A volta do exilado: 99Food

Achou que tinha desistido? A 99Food voltou — e dessa vez, vem com sangue nos olhos. Após encerrar operações em janeiro de 2023, a plataforma da 99 (grupo chinês Didi) retorna ao Brasil com uma promessa radical (via UOL):

💸 Zero taxas e comissões para restaurantes por 2 anos.

Além disso, investirá R$ 1 bilhão no país, quer atrair 400 mil estabelecimentos e já abriu cadastro em todo o território nacional.

Os restaurantes poderão escolher:

  • Full Service (entrega pela 99, com taxa de entrega fixa e conforme a distância);
  • Marketplace (pedidos via 99Food, mas entrega por conta própria).

Segundo a própria 99, essa não é uma promoção, é o “novo padrão”. A ideia é clara: bater de frente com o monopólio e atrair quem hoje nem entra nos apps por causa das taxas abusivas.

🐉 A ameaça do leste: Meituan

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Chegando da China com mais poder que qualquer player já visto por aqui, a Meituan é simplesmente a maior empresa de delivery do mundo.

  • Fatura US$ 46 bilhões (12x mais que o iFood);
  • Faz mais de 30 bilhões de entregas por ano;
  • Tem 200 milhões de usuários só na China;
  • E agora prepara o desembarque no Brasil (via NeoFeed).

A Meituan não é só um app de comida: é um super app. Lá fora, também vende passagens, reserva hotéis, aluga bikes, entrega compras e vende ingressos. E está construindo discretamente sua estrutura tributária e logística por aqui.

🧩 Detalhe curioso: a controladora do iFood (Prosus) é acionista da Meituan. Tipo aquelas alianças meio esquisitas que só Game of Thrones explicaria.

📊 E pra quem toca restaurante… o que muda?

Se você é dono de restaurante, padaria ou hamburgueria, prepare-se. Essa disputa pode (e deve) afetar:

  • Taxas e comissões: novos players vão tentar conquistar restaurantes com condições melhores. Fique atento e compare.
  • Poder de negociação: quanto mais opções no mercado, mais força você ganha pra escolher o melhor canal.
  • Integrações: quem estiver com um sistema moderno (como o CNM 😉) sai na frente — seja qual for o trono ocupado.

📦 No fim das contas, mais concorrência pode ser bom: menos taxas, mais margem, mais autonomia. Mas também exige olho vivo, adaptação rápida e tecnologia do seu lado. Se você ainda não tem controle total da sua operação, o CNM ajuda a acompanhar esse novo cenário com sistema de gestão fácil, rápido e 100% digital.


🌍 Bizarrices de Além-Mar: o mundo do food service sempre consegue se superar

Porque às vezes o que acontece lá fora serve só pra gente agradecer que aqui ainda dá pra pedir tomate sem precisar fazer empréstimo (via PEGN):

  • 🍅 Austrália: cliente paga R$ 14 por uma única fatia de tomate no sanduíche — e o lanche com café e cerveja chega a R$ 263. A internet apelidou de tomate de ouro (fonte).
  • 🙄 EUA: restaurante cobra “taxa de reclamação” de R$ 28 porque o cliente pediu pra trocar a cerveja errada. O recibo viralizou (fonte).
  • 🚫 Tailândia: promoção de restaurante oferece desconto baseado no corpo do cliente — quanto mais magro, mais desconto. Internet classificou a ação como gordofóbica e tóxica (fonte).
  • 🤷 Reino Unido: Gordon Ramsay revela que não janta nos próprios restaurantes porque acha “chique demais” pro seu estilo. Também diz que os filhos não podem sentar com ele na primeira classe (fonte).

Moral da história? Todo país tem seu tempero… mas alguns acabam passando do ponto.


🔮 De olho em maio (e além)

Maio vem vindo com cheiro de café forte e tecnologia no ar — mas a xícara continua cara e a maquininha de cartão vai ganhar concorrência no bolso do cliente.

📲 PIX por aproximação vai sair do papel (ou quase) (via G1)

O Banco Central vai padronizar o protocolo do PIX por aproximação em maio. A ideia é que o pagamento fique mais fácil que o QR Code atual: basta encostar o celular na maquininha e pronto.

Por enquanto, só funciona em celulares Android com Google Pay — Apple Pay e Samsung Pay ficaram de fora (por enquanto). Mas a proposta é clara: reduzir a fricção no caixa e facilitar a vida de quem vende no balcão. Se você tem padaria, lanchonete ou restaurante com atendimento físico, fica o aviso: isso pode virar tendência mais rápido do que você imagina.

Café continua subindo e não tem previsão de baixar (via G1)

Sim, o café está nas alturas — e deve continuar assim até 2026, segundo o Cecafé e a ABIC. A produção de arábica caiu 13%, os estoques estão baixos e o consumo global segue firme. Resultado? Alta de mais de 77% no café moído nos últimos 12 meses.

Para o food service, isso significa uma coisa: revisar ficha técnica e repensar cardápio com café como protagonista, porque o custo vai seguir pressionado — e o cliente, cada vez mais exigente com o que vem na xícara.

🥖 Padaria em alta: o pãozinho voltou a ser protagonista (via PEGN)

Notícia boa pra fechar: o setor de panificação cresceu quase 11% em 2024, puxado pelo aumento de fluxo nas lojas. Padarias voltaram a ser ponto de encontro, local de reunião rápida e até de refeição completa.

São Paulo segue líder em número de padarias, mas a Região Norte foi a que mais cresceu em faturamento (16,3%). Ou seja: se você ainda vê padaria só como “pão e café”, pode estar perdendo espaço pra quem já entendeu o novo papel desse ponto comercial no dia a dia das pessoas.

⚠️ O resumo da ópera?

Maio é mês de ficar de olho em tecnologia, commodities e comportamento do cliente. Quem for rápido no gatilho — testando novos meios de pagamento, otimizando custos de insumos e apostando na versatilidade dos espaços físicos — sai na frente.

E se precisar de tecnologia real pra ajudar nisso, o CNM tem implantação grátis e coloca sua operação no ar em tempo recorde

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