Abrir ou gerenciar um restaurante envolve uma pergunta que sempre aparece em algum momento: afinal, quantos funcionários eu preciso?
Seja no início da operação ou na hora de revisar custos, essa dúvida é legítima. Mas já adianto: não existe uma fórmula mágica. O número ideal de funcionários depende de uma combinação de fatores, do tamanho do espaço até a experiência que você deseja oferecer ao cliente.
O que existe, sim, são critérios que ajudam a encontrar o equilíbrio certo. E mais: hoje você pode contar não só com pessoas bem preparadas, mas também com ferramentas que organizam a operação. É aí que sistemas como o CNM entram em cena para apoiar decisões mais estratégicas.
O que realmente define a quantidade de funcionários
Não existe número fixo: a equipe ideal depende do modelo e da intensidade da sua operação.
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Tipo de restaurante: fast food precisa de menos gente que um bistrô ou alta gastronomia, onde atendimento e cozinha são mais exigentes.
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Capacidade do espaço: um café pequeno pode rodar com 3 pessoas; um salão para 100 lugares dificilmente funciona com menos de 10 ou 12.
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Número de mesas e giro: um garçom atende bem de 5 a 6 mesas, mas isso muda se o giro de mesas é alto (mais atendentes) ou se os clientes permanecem mais tempo (menos atendentes).
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Horários de pico: dimensione a equipe para os momentos de maior demanda, não para o dia inteiro. Escalas flexíveis evitam sobrecarga ou ociosidade.
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Cardápio: menus elaborados pedem mais cozinheiros e auxiliares; lanches rápidos permitem operação mais enxuta.
Em resumo: o número certo é aquele que equilibra custo, qualidade de serviço e fluxo real de clientes. Para chegar lá, use dados da sua operação (algo que o CNM entrega em relatórios e dashboards fáceis de interpretar).
Os cargos essenciais em um restaurante
Independente do tamanho do seu negócio, existem funções que não podem faltar. São elas que garantem que o atendimento flua, a cozinha funcione e que o cliente saia satisfeito. O que muda de um restaurante para outro não é a existência desses cargos, mas sim quantas pessoas serão necessárias em cada um deles.
Cozinha
O coração da operação. Chef e auxiliares cuidam do preparo dos pratos, organização do ambiente e controle de insumos.
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Em lanchonete pequena, 1 cozinheiro e 1 auxiliar dão conta.
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Em um restaurante médio, normalmente 1 chef + 2 a 3 auxiliares.
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Em casas maiores ou cardápio elaborado, pode ser preciso 1 chef + 4 a 6 auxiliares.
Atendimento
Garçons ou atendentes são a linha direta com o cliente. Além de anotar pedidos e servir, representam a experiência do restaurante.
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Regra prática: 1 garçom para cada 5 a 6 mesas.
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Em um café de bairro com 5 mesas, 1 atendente basta.
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Em um salão com 30 mesas, são necessários pelo menos 5 a 6 garçons.
Caixa
Responsável por registrar pedidos, receber pagamentos e fechar contas.
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Em negócios pequenos, o dono ou gerente pode acumular essa função.
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Em restaurantes médios, já é indicado ter 1 caixa fixo por turno.
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Em operações grandes, podem ser 2 ou mais caixas, dependendo do fluxo.
Gerência
Pode ser exercida pelo proprietário ou por um gestor contratado. Envolve coordenação da equipe, contato com fornecedores, gestão financeira e resolução de imprevistos.
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Em operações pequenas, o dono geralmente assume.
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Em restaurantes médios a grandes, 1 gerente dedicado (às vezes até 2, um de salão e outro de cozinha) faz toda a diferença.
Serviços gerais
Garantem a limpeza de salão, cozinha e áreas comuns, além de dar suporte à equipe quando necessário.
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Em cafeterias ou bares pequenos, 1 funcionário dedicado é suficiente.
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Em restaurantes médios, o ideal é 2 pessoas, revezando limpeza contínua e fechamento.
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Em operações maiores, 3 ou mais são comuns, dependendo da estrutura.
Os salários mudam conforme região e experiência, mas o essencial é perceber que cada cargo é uma peça do quebra-cabeça. Encontrar o número certo de pessoas em cada função garante eficiência, qualidade no serviço e equilíbrio financeiro.
E mais um alerta: datas comemorativas, férias e fins de semana cheios não perdoam. Se a equipe não estiver preparada, o atendimento sofre. Por isso, planejar com antecedência e realizar eventuais ajustes é essencial.
Tecnologia como “funcionário extra digital”
Ter a equipe ideal não significa necessariamente ter mais gente. Muitas vezes, a tecnologia cobre lacunas e reduz sobrecarga. Alguns exemplos dentro do CNM:
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Autoatendimento (totens e cardápio digital): Em horários de pico, quando faltam atendentes para dar conta de todas as mesas, o autoatendimento assume parte da demanda. O cliente faz o pedido sozinho, direto pelo totem ou QR Code, e até finaliza o pagamento. Isso libera os garçons para focarem no atendimento de mesa, reduz filas e ainda aumenta o ticket médio com sugestões automáticas de combos e acompanhamentos.
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Comandas eletrônicas + KDS: Erros entre salão e cozinha são comuns quando a comunicação depende apenas de papel e correria. As comandas eletrônicas resolvem isso: o garçom registra o pedido no tablet ou celular e ele aparece automaticamente no KDS da cozinha. Isso evita retrabalho, agiliza o preparo e garante que nada se perca no caminho. Na prática, a tecnologia substitui um “corredor” dedicado a levar pedidos e confirmações.
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Chatbot para WhatsApp: Responder clientes fora do expediente ou em dias movimentados exige gente dedicada só a isso. O chatbot cobre essa lacuna: confirma pedidos, dá atualizações de status e responde dúvidas automaticamente, 24 horas por dia. Assim, você mantém o contato ativo sem precisar contratar alguém apenas para ficar no WhatsApp.
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CNM Analytics: Gerir equipe sem dados é chute. O CNM Analytics oferece relatórios em tempo real sobre fluxo de vendas, horários de pico e ticket médio. Esses dados permitem prever quando aumentar a equipe e quando operar com menos pessoas. Em outras palavras, você evita contratar além do necessário e garante que ninguém fique sobrecarregado.
Em outras palavras: tecnologia funciona como aquele “funcionário invisível”, que trabalha junto da equipe humana e melhora os resultados.
Como encontrar o “número certo” para o seu negócio
Não existe uma tabela definitiva. Cada restaurante precisa olhar para seus próprios indicadores: fluxo de clientes, ticket médio e margens de lucro. Tudo isso ajuda a definir a equipe ideal.
Mas alguns cenários ajudam a visualizar melhor. Veja uns exemplos:
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Café pequeno (até 5 mesas, cardápio simples): 1 atendente que também faz o caixa, 1 pessoa na cozinha e 1 auxiliar de limpeza em meio período. Total: 3 funcionários.
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Lanchonete ou pizzaria de bairro (20 a 30 mesas, alto giro): 4 a 5 garçons, 1 caixa fixo, 1 gerente (pode ser o dono), 2 cozinheiros e 2 auxiliares de cozinha, além de 1 para limpeza. Total: 10 a 12 funcionários.
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Restaurante de médio porte (50 mesas, cardápio variado): 7 a 8 garçons, 2 caixas, 1 gerente dedicado, 3 cozinheiros, 3 auxiliares de cozinha e 2 funcionários de limpeza. Total: 18 a 20 funcionários.
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Restaurante grande ou de alta gastronomia (mais de 100 lugares, pratos elaborados): 12 a 15 garçons, 2 gerentes (um de salão e um de cozinha), 4 caixas, 5 a 6 cozinheiros, 4 auxiliares de cozinha e 3 a 4 funcionários de limpeza. Total: 30+ funcionários.
Esses números não são regra fixa, mas mostram como a necessidade cresce conforme espaço, cardápio e fluxo de clientes.
Com o CNM, fica mais fácil ajustar esse dimensionamento: relatórios e dashboards mostram exatamente quais horários pedem reforço, quais pratos exigem mais equipe na cozinha e quando é possível operar com menos gente.