Abrir uma hamburgueria exige atenção a mil detalhes. Mas tem um que é a alma da cozinha: a chapa. Parece bobeira, mas a escolha do equipamento certo pode ser o divisor de águas entre um lanche “ok” e um hambúrguer memorável.
O mercado de hamburguerias no Brasil está aquecido. O número de hamburguerias no Brasil registrou um crescimento médio de 10,4% ao ano entre 2015 e 2023, segundo dados do Sebrae, e o hambúrguer se consolidou como uma das refeições favoritas fora de casa. Um levantamento da Kantar (Jan-Mar 2024) revelou que 47 milhões de brasileiros consumiram o lanche em 113 milhões de ocasiões, um salto de 228% em comparação com o período pré-pandemia.
Porém, embora aquecido, o consumidor tá cada vez mais exigente e o setor mais profissional. Acertar na chapa é dar o primeiro passo certo.
Por que ter uma chapa é essencial?
A chapa profissional não é uma “frigideira gigante”. É o centro da produção. É ela que garante que o hambúrguer saia sempre no ponto, e sempre com a mesma qualidade, seja na segunda-feira tranquila ou no pico do sábado à noite. Ela define a agilidade da cozinha e a padronização do produto.
E, claro, de nada adianta uma ótima chapa se a gestão do negócio não acompanha o ritmo da cozinha (mas vamos falar disso depois!).
Os principais tipos de Chapas para Hamburguerias

A briga se divide em duas categorias principais: a chapa tradicional e a imponente char broiler.
Chapa Tradicional (Lisa ou Ranhurada)

É a mais comum e a verdadeira “pau para toda obra” da cozinha. Pode ser de ferro, inox (mais higiênica e recomendada) ou até materiais como cerâmica e vidro (bem mais caros).
- Vantagens: É bem mais barata que a char broiler. Sua maior força é a versatilidade: nela você sela o pão, derrete o queijo, frita ovos, bacon e até prepara hambúrgueres veganos. Faz menos fumaça (exige uma coifa mais simples) e é muito mais fácil de limpar no fim do expediente.
- Limitações: O sabor é ótimo, mas não tem aquele toque defumado e a textura característica da grelha.
Char Broiler (Grelha/Churrasqueira)

Essa é a queridinha das hamburguerias gourmet. É uma grelha profissional que funciona a gás ou eletricidade.
Diferença-chave: O sabor. A carne é feita diretamente no fogo (ou sobre placas de metal/cerâmica aquecidas), ganhando suculência, textura e aquelas marquinhas charmosas de grelha.
Muitos modelos usam pedras vulcânicas ou briquetes abaixo da grelha. Eles mantêm o calor e, quando a gordura pinga, a fumaça gerada simula o sabor de “churrasco”, defumando levemente a carne.
- Vantagens: Sabor inigualável e um grande diferencial premium pro seu produto.
- Desvantagens: É mais cara, produz muita fumaça (prepare-se pra investir numa coifa potente e profissional) e a limpeza é trabalhosa. Além disso, não é versátil — serve basicamente pra grelhar carnes.
Outras alternativas

Existem outras formas de preparar o blend, mas elas raramente se aplicam a uma operação profissional de hamburgueria:
- Frigideira: Usada por restaurantes que têm hambúrguer no cardápio, mas não é o foco. Impraticável pra um alto volume.
- Churrasqueira (a carvão): Traz um sabor incrível, mas é difícil padronizar o ponto da carne em alta demanda. E o custo do carvão pesa.
- Forno Combinado: Equipamento de altíssima tecnologia que padroniza tudo, mas o investimento é altíssimo (preço de um carro zero) e o sabor da carne não se compara ao da chapa ou grelha.
Elétrica ou a Gás: Qual escolher?
A sua infraestrutura e o seu volume de produção vão ditar essa regra.
Elétrica: Costuma ser mais cara na compra. A grande vantagem é não precisar de alvará dos bombeiros pra gás, nem de tubulação específica ou cabine pra botijão. Oferece um controle de temperatura mais preciso. Porém, se a hamburgueria fica aberta muitas horas por dia, a conta de luz no fim do mês pode assustar.
A Gás (GLP ou Natural): O equipamento em si é mais barato. É a escolha da maioria das hamburguerias pelo excelente custo-benefício no consumo em longos períodos de uso. A desvantagem é a burocracia: exige laudo dos bombeiros e uma infraestrutura de gás adequada.
Fatores cruciais na escolha da chapa

Antes de sacar o cartão de crédito, analise seu plano de negócios e o espaço físico. Aqui vão algumas coisas que você PRECISA levar em consideração:
- Conceito do Negócio: Sua hamburgueria é “raiz”, focada no x-salada tradicional e versatilidade? Vá de chapa tradicional. Seu negócio é gourmet, premium, com foco total no sabor da carne? A char broiler é seu diferencial.
- Volume e Tamanho: Quantos lanches você espera vender na hora do pico? Isso define o tamanho (área de trabalho) da chapa. Modelos de 90cm, 110cm ou 150cm são comuns. Não adianta comprar uma chapa pequena se a demanda é alta.
- Espaço e Exaustão: Meça sua cozinha. A chapa cabe? E a coifa, tem espaço e potência? Lembre-se: a char broiler exige um sistema de exaustão muito mais robusto (e caro) que a chapa lisa.
- Espessura e Material: Chapas mais grossas (acima de 6,5mm) demoram mais pra esquecer, mas são essenciais. Elas mantêm o calor de forma estável, selando a carne rapidamente (reação de Maillard) sem “cozinhar” o interior, mesmo quando você coloca vários hambúrgueres frios de uma vez.
- Tempo de Aquecimento: Alguns equipamentos levam 2 minutos, outros 30. Esse tempo impacta diretamente o consumo de energia/gás e a agilidade pra iniciar a operação.
- Recursos Extras: Verifique quantos queimadores (bocas) ela tem e se possuem reguladores de temperatura independentes. Isso é vital pra criar “zonas de calor”: uma área muito quente pra selar a carne e outra mais amena pra derreter o queijo ou manter o pão aquecido.
- Dark Kitchen vs. Ponto Físico: Numa dark kitchen, onde o espaço é mínimo, uma chapa elétrica versátil pode ser a melhor saída. Em um ponto físico com alto fluxo, uma chapa a gás robusta ou uma char broiler se pagam mais rápido.
Melhor cenário: ter os dois?
O cenário dos sonhos de muito chef hamburgueiro é ter os dois equipamentos lado a lado: a char broiler pra grelhar a carne com sabor de churrasco, e uma chapa lisa ao lado pra selar o pão, derreter o queijo, fritar o bacon e os ovos.
Se o orçamento e o espaço permitirem, essa combinação entrega o melhor dos dois mundos. Pra quem tá começando, o mais sensato é focar em um e planejar a expansão futura. Pela versatilidade, a nossa recomendação é que você opte pela chapa tradicional.
E depois de escolher a chapa? Gestão é o próximo passo!
Vamos ser sinceros: de que adianta investir R$ 5.000 na melhor chapa se o pedido do iFood atrasa, o estoque fura ou o caixa não fecha?
Não se engane: hardware de ponta exige software de ponta.
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